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Rafael de Araújo Pinheiro, de 30 anos, foi executado com um tiro na cabeça no último sábado (11), em uma residência na zona Norte de Teresina. Há quase uma semana do crime, a mãe dele procurou o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e cobrou por justiça. Ela relatou que o filho era cidadão e que, segundo ela, nunca teve envolvimento com a criminalidade.
Em entrevista à TV Antena 10, a mãe, que preferiu não se identificar, afirmou que recebeu fotos dos possíveis suspeitos por mensagens e levou as imagens à polícia. Ela também relatou que o crime pode ter sido uma retaliação a um linchamento que ocorreu com um familiar dos suspeitos.
“Há dois anos atrás, um parente deles foi morto por linchamento e eles acham que foi meu filho, mas ele não teve nada a ver com isso. Meu filho não tem agens pela polícia e não era usuário de drogas. Meu filho era simplesmente um trabalhador”, disse.
A mulher também relatou que os mesmo suspeitos de envolvimento com a morte, alguns dias antes do crime, realizaram um assalto contra a vítima. “Quinze dias antes [do assassinato], eles assaltaram meu filho. Com certeza foram eles porque meu filho relatou que eles falaram ‘mata, mata!’ e o outro respondeu: ‘não’ … Nisso, 15 dias depois do assalto, eles foram até a janela, chamaram meu filho e, acho que não tendo êxito no roubo, porque meu filho recuperou tudo, eles ficaram chateados por não ter matado meu filho na hora… como a própria investigação aponta tem tudo a ver com o linchamento que teve com o parente dele, mas isso foi dois anos atrás”, relatou.
Rafael estava em casa, com a esposa, quando foi chamado na rua e, ao aparecer na janela, foi alvejado com disparo fatal que atingiu a cabeça. Em relato, a mãe falou sobre a dor de perder o filho e garantiu que não estava preparada em perdê-lo porque, segundo ela, Rafael não era bandido.
“Como o delegado me disse que fez uma busca na região que meu filho morava e todo mundo disse que meu filho era um cidadão. Se meu filho fosse um bandido, eu estaria preparada, porque sem vergonha é a mãe que diz que tem um filho no mundo do crime e não tá preparada para receber o corpo dele. Porque se ele esta no mundo do crime matando, roubando, fazendo o que não presta, ela tem que tá preparada para receber o corpo do filho. Eu não estava preparada por ele não ser um bandido”, finalizou.
O autor do disparo que vitimou o filho da mulher ainda não foi encontrado. A Polícia Civil investiga o caso.
Fonte: Portal A10+
