A defesa da vereadora Tatiana Medeiros protocolou um pedido de prisão domiciliar com caráter de urgência, diante do grave estado de saúde mental da parlamentar apresentado nos últimos dias. A informação foi dada ao A10+ pelo advogado Francisco Medeiros, que destacou o quadro com ‘ideação suicida, transtorno depressivo grave com sintomas psicóticos’.
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Para a reportagem, a defesa afirmou que está aberta a qualquer decisão da Justiça sobre o destino de Tatiana Medeiros — seja a internação em uma clínica especializada, unidade do CAPS ou até mesmo em regime domiciliar. O que se busca, segundo Francisco Medeiros, é um atendimento adequado para estabilização do quadro de saúde da paciente, o que, segundo ele, não vem acontecendo no Hospital da Polícia Militar (HPM).
“O que a gente quer de fato no momento é o tratamento adequado. A gente está vendo que o hospital não está conseguindo estabilizar o quadro dela e temos que tomar alguma providência nesse sentido. Hoje ela estabilizou, mas ontem teve uma queda. Estive no QCG pessoalmente pedindo que ela se alimentasse. Pelo menos até o momento ela está estabilizada, mas ela tem uma entrevista às 16h30 com uma psiquiatra. O psiquiatra particular dela, do HUT, do HPM, todos indicam esse quadro de ideação suicida e isso me desperta uma certa preocupação”, disse o advogado, que também é tio de Tatiana.
Tatiana Medeiros está presa desde o dia 3 de abril sob a acusação de envolvimento em crimes eleitorais e com uma facção criminosa. O A10+ apurou junto à defesa detalhes sobre o quadro clínico da vereadora, com base em laudos médicos anexados ao processo.
Segundo o documento:
Tatiana Medeiros foi diagnosticada com transtorno depressivo grave com sintomas psicóticos e ideação suicida recorrente;
Há um risco real e iminente de autolesão, agravado pelas condições de reclusão;
A permanência da vereadora em ambiente carcerário representa risco concreto à sua vida, segundo a avaliação médica.
Reprodução
Tatiana Medeiros segue custodiada no QCG, em uma sala de Estado Maior. Durante uma inspeção realizada no último dia 20, a Polícia Militar encontrou um tablet e um celular escondidos na cela da vereadora. Os dispositivos, segundo apurou o A10+, foram localizados em um compartimento improvisado dentro da cela.
A juíza Gláucia Mendes de Macêdo, da 98ª Zona Eleitoral do Piauí, colocou a parlamentar o namorado dela, Alandilson os, e mais sete pessoas no banco dos réus. Entre os crimes imputados a eles estão envolvimento com facção criminosa, corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro, violação do sigilo de voto e outros.